Após mais de seis meses freqüentando a Igreja Mórmon, pesquisando, refletindo e estudando as Escrituras, usando meu raciocínio e discernimento, cheguei à conclusão nua e crua de que, para muitas pessoas, o mormonismo significa apenas pares de rapazes de cabelo bem cortado e de aparência devotada, que assediam as pessoas em busca de novos adeptos, usam a Bíblia apenas para se aproximarem delas e prometem uma rede de amigos, família eterna e um profeta vivo para dar segurança às suas vidas.
Certamente, na atual sociedade de famílias e amigos rapidamente mutantes, a oportunidade de aprimorar-se e a segurança religiosa são muito atraentes e desejáveis. Nesse respeito, o mormonismo ”aparentemente” tem muito a oferecer.
Cada ala mórmon, o equivalente a uma congregação, regularmente patrocina jogos, piqueniques, festas, danças, jantares e outras atividades semelhantes. Famílias são incentivadas a passar as noites de segunda-feira juntas em estudo, recreação e outros programas familiares. A igreja também opera um sistema de previdência própria para ajudar seus adeptos que atravessam fase difícil. Tais programas, junto com um imenso rol de celebridades, não só exercem um forte atrativo sobre prospectivos adeptos, mas também faz com que os já associados, a grande maioria bastante descontente e mal satisfeita, pensem duas vezes antes de abandonar a igreja.
* NEM TUDO ESTÁ BEM EM SIÃO *
Crescimento, prosperidade material, boa posição social e respeitabilidade podem contribuir para dar ao mormonismo uma imagem atraente e ideal, porém irreal.
Mas os bispos e outras autoridades da igreja, que empregam uma grande parte do seu tempo aconselhando, em intermináveis e constantes reuniões com as lideranças em que nada é resolvido e outras atividades de pouca importância, estão certamente bem apercebidos de que “nem tudo está bem em Sião”.
Em Catu, por exemplo, onde na década passada a igreja contava com uma média de 130 membros ativos, hoje, uma década depois, ao invés de aumentar, este número decresceu e conta talvez com no máximo cinqüenta membros apáticos, não participativos e insatisfeitos.
Todos os programas sociais e religiosos da igreja trouxeram pouca, se é que alguma vantagem real para os seus membros. Ao contrário, o excesso de relatórios, atas intermináveis, planos mirabolantes, metas irreais, manuais complicados, viagens semanais perigosas, estressantes e desnecessárias, mestres familiares que não funcionam e que nunca visitam ninguém, noite disso e noite daquilo, crianças sem rédea, freio ou educação, que não obedecem a nada e nem a ninguém, que correm o tempo todo, que comem banana e jogam bola em plena reunião sacramental, deitadas embaixo dos bancos e cujos pais acham isso perfeitamente normal, excesso de lideranças, pois todo membro na igreja é líder ou chefe de alguma coisa, ou conselheiro, ou secretário ou professor, etc, unidos numa bagunça total onde ninguém entende ninguém e ninguém sabe de nada, fuxicos, bailes a fantasia, torneios, idas ao templo, batismo de defuntos, casamentos celestiais, ordenanças, chamados para todos os gostos, vestes sagradas, tempo, esforço e dinheiro gastos em vão, pois tais programas desgastam e desgostam seus membros, ansiosos por simplesmente ouvirem a Palavra de Deus, e transformam a igreja num misto de repartição pública municipal e circo mambembe de quinta categoria, restando pouquíssimo ou nenhum tempo para a adoração verdadeira e de fato, e apenas contribuindo para a frustração, desapontamento, descontentamento e estresse de seus infelizes membros, que com certeza e com suas próprias mãos, expulsam dali o Espírito Santo de Deus.
Outro motivo de preocupação para os líderes da igreja é a gigantesca corrente de membros inativos e afastados que chega a perfazer 90% do total e os insignificantes 10% restantes, são membros apáticos, indiferentes e insatisfeitos, resultado de uma doutrina fraca, complicada, idiota e sem fundamento algum. No entanto, estão incluídos na contagem total de milhões de membros anunciada pela igreja.
Ainda outra preocupação constante e que deixa os líderes de cabelo em pé é a falta de admissão de membros novos, visto que a igreja em geral, com seus líderes, membros e missionários, são totalmente despreparados e desinteressados em pregar o Evangelho como se deve, concentrando seus esforços em mendigar aos membros, nomes de parentes e vizinhos, que nunca funciona e mesmo que funcionasse, os pouquíssimos que porventura se arriscam e se batizam sob pressão, desaparecem logo no dia seguinte sem dar maiores explicações. Entram por uma porta e saem pela outra. Toni
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