O fenômeno evangélico no Brasil adquiriu uma caricatura dantesca. O Evangelho de Jesus Cristo ficou em segundo plano em nome de "uma nova visão". Ser cristão evangélico no Brasil implica uma identidade confusa:
1) Ser "crente" se resume basicamente à magia religiosa, exercitada em auditórios onde se promete cura e proteção, sucesso financeiro e soluções imediatas para problemas e conflitos.
2) O discipulado de Jesus foi substituído pela venda de soluções fáceis.
3) A vida comunitária foi substituída pela metodologia empresarial como recurso de expansão.
4) A celebração da fé foi substituída por rituais grotescos, numa mistura de superstição, feitiçaria gospel e macumba "ao contrário".
5) Pastores foram substituídos por gurus, apóstolos e outros heróis, mais ocupados em comandar um grande exército que em conduzir pessoas à intimidade com Deus.
6) A Bíblia foi substituída por uma teologia popular, com discursos extraídos das falas dos líderes carismáticos, na qual o sentido original da bíblia é deturpado e diluído de boca em boca, até chegar ao último da fila como sal que para nada mais presta.
7) O engajamento no Reino de Deus foi substituído pela adesão ao "ministério do fulano", às "cobertura do sicrano" e à "visão do beltrano".
8) A cruz, como símbolo maior do cristianismo, foi substituída por bonés, adesivos e camisetas com estampas da comunidade A, ministério B e apóstolo C.
Enfim, parece mesmo que "outro evangelho" está sendo anunciado, e por ser outro deve ser anátema (maldito).
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