segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A MINHA PSICOSE.


Hoje tive sonhos não muito agradáveis. 

Dentre eles destacava-se a agressividade das palavras; A dificuldade de fazer entender-se e o medo de aceitar o que a vida não pode negar.

Palavras são apenas formas de expressar o que se sente, ou então o que não se sente. Elas são ditas, jogadas ao vento sem muita cerimônia. Criam esperanças e por outro lado cospem na tua cara. Te desrespeitam e te maltratam. Embora goste de ouvir, não é o que se fala que me importa e sim o que se faz.

Fazer: dar existência ou forma a; criar; realizar; praticar; produzir; tornar; dar o estado, a condição, a disposição de; inventar; engendrar; executar; construir; inspirar; valer; supor; completar; limitar; marcar.

Sendo assim, delimito a possibilidade de compreender na medida em que dou forma às palavras. As palavras são psicóticas pois me confundem. Qual o meu real? Quem sou eu vivendo neste mundo do outro? Sinto meu pensamento desorganizado. Estou voando, não tenho chão e não consigo entender nada do que me diz.

Algo de muito estranho acontece. Queria fugir, mas não conseguia, estava preso naquela experiência. Sofri e gritei. Preciso ser eu! Como posso ser eu se estou aqui de novo a dizer, a falar e a escrever coisas que não sei explicar.

Acho que resolvi materializar meu pensamento e além de pensar também fazer.



segunda-feira, 22 de agosto de 2011

RAUL SEIXAS - 22 anos sem ele.


"Ele nasceu há dez mil anos atrás, morreu há vinte e dois e continua vivo na mente e corações dos milhares de fãs espalhados por todo o Brasil."

As letras irreverentes, o comportamento alternativo e os protestos inteligentes e sarcásticos fazem com que o "Raulzito" seja cultivado nos dias de hoje por pessoas de todas as idades, atravessando gerações que encontram em suas músicas temas cada vez mais atuais.

No final dos anos setenta, Raul Seixas encontrou, por meio da música, uma forma especial de falar para o mundo o quão errado ele estava segundo seu ponto de vista.

Não por acaso, com o passar dos anos, o mito é lembrado como um revolucionário por uma legião de fãs que não pára de crescer. Hoje todos os seus lançamentos foram regravados em CD e um sem-número de coletâneas revivem seus grandes sucessos, além de vinte livros que contam sua história e de suas músicas. É considerado "Pai do Rock Nacional".

Raul Seixas preferia andar na contra-mão, enquanto a contracultura do rock enfrentava as modas do samba e bossa-nova em seu apogeu, um movimento denominado "Jovem Guarda" surgia nas entrelinhas do rádio para fazê-lo respirar.

Seu inicio de carreira o transformou em um ícone dos desgarrados da sociedade.
Raulzito  escreveu um livro chamado "As Aventuras de Raul Seixas na Cidade de Thor" em 1983, e apresentava poesias escritas e cantadas que formulavam um rockeiro diferenciado num cenário de "muita estrela e pouca constelação".

Sua grande viagem, a Sociedade Alternativa, foi alvo do DOPS nos anos de ditadura militar e levou o "Cowboy Fora-da-lei" a exilar-se nos Estados Unidos acompanhado pelo amigo (ou inimigo íntimo, como ele mesmo denominava) e parceiro Paulo Coelho e suas respectivas esposas.

Sucessos como "Tente Outra Vez", "Gita" e "Metamorfose Ambulante" são hinos cantados pelos fãs que reverenciam seus significados e sua importância mantendo viva sua essência e obra."

TOCA RAUUUUUUL!!!!



quinta-feira, 18 de agosto de 2011

TSUNAMI MENTAL.


Umas idéias impróprias vieram à minha cabeça. 

Não tinha mais idade para aquilo. Meia idade não o autorizava a meios pensamentos. Ele queria pensar por inteiro. Inteiro, era assim que desejava manter o pensamento que se quebrava a todo instante. 

Lembrou que tinha de partir, não havia esquecido. A lembrança vem ao seu auxílio, quis o socorrer, antes que se desfragmentasse por inteiro. Todavia, chegou tarde, e os pensamentos desmoronavam feito castelo de areia quando vai de encontro ao mar. O tremor percorreu-lhe o corpo, até que caiu. 

Caiu de bruços, corpo inerte, como se fora acertado às costas. Agora ele beijava o chão, enquanto lágrimas generosas regavam o assoalho infértil. Estava velho. A idade corroeu-lhe o corpo, roubou-lhe a força, tinha de agüentar.

Antes tivesse simplificado tudo quando jovem, quando sentia mais empatia pela morte, quando a impulsividade ainda lhe autorizava estourar os miolos. 

Velho, não. Não podia e não devia meter a faca na barriga e cuspir as tripas, enquanto a dor promoveria a redenção. Não pode, nem quer. Mesmo que quisesse, já não encontraria forças para isso.

Simplesmente, ficaria ali, deitado, esperando o tempo passar, a força retornar, o pensamento desfragmentado outra vez se auto-reconstituir. 

Mas se o tempo deixasse de existir, a força se negasse a regressar e o pensamento não quisesse aparecer por inteiro...


terça-feira, 16 de agosto de 2011

A MORTE.


Invejei a sua morte, mesmo sabendo que a morte também me espreita e nos espreita a todos.

Fui ao cemitério brincar um pouco e terei de ir de novo quase como uma obrigação amanhã. E vejo que gente que devia morrer não morre e pessoas incríveis se vão. E tem sempre alguém querendo explicar o que não tem explicação.

 Enquanto houver seres humanos, continuarão existindo crimes hediondos e mortes sofridas. Para quem vai e mais ainda para quem fica. E muitos ficam desolados.

Cocaína e vodka também podem matar sabia? Mas não mais do que os políticos de um país chamado Brasil que já mataram mais do que todas as guerras do século passado juntas. E a coisa não tem fim, meu irmão.

Espere e verá a sua morte chegar sem você nem se dar conta.