segunda-feira, 5 de setembro de 2011

RECOMEÇO.


Me sinto fraco prá romper com círculos viciosos.

Todos os dias faço as mesmas coisas, e ainda espero
que algo mude.

Sinto a vontade de partir prá tudo que eu desconheço, mas aí vem o medo. Muito medo. Medo da mudança. Medo do novo.

Sem descrédito, sem hipocrisias a sem reflexos.

Apenas a verdade e eu. Face a face, na evidência de um novo recomeço.

domingo, 4 de setembro de 2011

ESQUISITO.


Abriu o Facebook depois de muitos dias e se sentiu deslocado. 

Estava distante de todas as pessoas que postavam suas faces naquele livro. Parecia que havia se desconectado delas facilmente e estava somente consigo novamente. Olhou pra vida pessoal de cada uma delas, seus gritos, desesperos, satisfações e desencontros.

Decidiu que a preguiça não o levaria para lugar nenhum. Respondeu timidamente uma conversa qualquer, apenas para pedir algo que era de seu rol de vícios cultivados com desdém. 

Depois de dias sem se conectar ao mundo destas pessoas, a única coisa que teve a capacidade de fazer foi pedir pela saciedade de seu vício. Não fora capaz de transmitir nem um feliz ano novo, muito menos um adeus ano velho. Sentia-se velho demais pra tudo isso. 

Quase fechou a janela de seu quarto com medo de que o mundo pudesse adentrar pela brisa fresca umedecida por um alagamento qualquer. Estava fechado para balanço, queria balançar-se contra o vento, mas somente contra ele, e mais ninguém. 

Recluso, organiza o espaço de seu confinamento, preenche-o com mantimentos, todos os que contemplem seus vícios, sem exceções. 

Duvidou se não era o mundo que estava com preguiça de sua pessoa, de suas escolhas desiguais, de suas ações rotineiras, de seu divertimento barato. O mundo não precisa desta mesma pessoa transitando por aí.

Ela já preencheu todos os espaços com seus instintos passivos, já marcou o território da mesmice nos cantos e esquinas, não agüenta mais reproduzir o seu sorriso. Nesta clausura, consome tudo instintivamente: o ar, a brisa, o vento, os vícios, o luxo, o lixo… 

Acreditando que quando exaurir-se ao chão, despertará uma nova pessoa, renovada pra enfrentar o mundo e mijar em seus cantos e esquinas.

sábado, 3 de setembro de 2011

SÍNDROME DE PLUTÃO.


A turbulência da vida, às vezes, nos deprime. 

O estresse acaba com os estoques de neurotransmissores cerebrais, e acaba por nos jogar num buraco que parece não ter mais fundo. 

Quando estamos assim, num buraco negro, frio, escuro e solitário, estamos com a 'Síndrome de Plutão'. Chegamos no inferno e nem percebemos.

O trabalho fica insuportável, as pessoas nos perseguem e não nos entendem, perdemos todo o interesse por qualquer coisa, nossos desejos viram pó e a vida perde o sentido. 

O nome até que é bonito e sugestivo, pois Plutão é um belo planeta, mas essa sensação de fim de festa, não é nada boa, não!

Mas o que fazer pra não cair nesse buraco?

Certo é que não se pode ser feliz o tempo inteiro, já dizia uma canção que pretendia nos confortar, mas também não devemos nos deixar consumir pelas tristezas e desprazeres da vida. 

Aprenda a viajar, tenha um olhar para o belo, ouça músicas alegres e esteja com o espírito aberto pra descobrir o seu eu. 

Doses homeopáticas e diárias dessa receitinha não farão mal algum.

Experimente!